O Seminário ocorreu no dia 15 de setembro e mais uma vez foi uma ótima oportunidade de discussão do tema da economia solidária, dessa vez sob um novo prisma: o envolvimento do movimento cutista.
Formaram a mesa, Senhor Joãozinho, agente de Economia Solidária da região de Vila Velha pelo Projeto Brasil Local; Arildo Mota, presidente da Unisol e Aguiberto Lima, representante da CUT.
Os temas abordados foram os desafios da economia solidária; e movimento sindical e economia solidária como estratégia de transformação.
O senhor Joãozinho relatou muitas das suas experiências de mais de 40 anos de militância em economia solidaria.
Em seguida, Arildo Mota fez uma longa fala sobre os avanços e limitadores da economia solidária no cenário nacional. Sócio cooperado de uma empresa que declarou falência e foi comprada pelos próprios trabalhadores em 1995 em Diadema, contou a história e a atual realidade da cooperativa que hoje conta com 520 cooperados, todos “pais e mães de família” que tem retirada de até R$3.500,00 por mês.
O presidente da Unisol elencou como avanços, a Senaes (Secretaria Nacional de Economia Solidária); o Forum Brasileiro de Economia Solidária; governos progressistas como o de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul; a Cáritas (Entidade de promoção e atuação social que trabalha na defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário), que desde os anos 80 trata o tema da solidariedade na economia; e a aglutinação de gestores públicos.
As limitações, de acordo com ele, estão na necessidade de o grupo estar organizado como cooperativa; nos problemas logísticos que dizem respeito principalmente a grupos de agricultura familiar; e na falta de assistência técnica. Mas identificou como o maior dos problemas a mudança da forma jurídica de cooperativa ou associação para micro empresa, como alternativa de fugir da alta tributação.
Depois da fala do representante da CUT, concluímos o seminário com a certeza de que a economia solidária deve ser encarada como uma estratégia para o desenvolvimento local e que esse entendimento deve partir dos mais variados movimentos sociais que devem se atentar a essa nova formação de trabalhadores.